sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Boiando Contra a Correnteza

Não vou lhe agradecer
Ou jamais me desculpar
Pela errônea infinitude de atos
- Que sou -
Deste rol de imperfeições
Comprimidas num' alma...

Descanso no desassossego,
Danço e tropeço no enredo
Sonambólico das comédias
Entediantes das castas...

Sou piruetas sem graças
Num circo aleijado.

Um capacho esquecido;

Um ciso numa boca sem espaço
Que se projeta ao ouvido...

Um pobre diabo
Caído na Terra;

Não consigo sequer abaixar
Pra amarrar os cadarços...

Preciso de água como toda a gente,

Mas se fazes direito, só quero o errado!
Se banhas teu peito, prefiro meu nado!
Se restas parado, és todo o meu pleito!
Se estás cansado,
Ah,
Me deleito com o teu cansaço....

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Behind a Mount of Despair in Our Souls

Everythig you do is worth it,
Nothing you carry in your heart is useless;

Do it to me,
Bring it to me!

Flawlessly craving a blue maneuver amongst the hay,
Halos and horns are on top of the world...

Kneel, o puny essence of the universe, kneel
And punish all gloom all around...

I'm done crying for everything I'll never understand,
Omniclueless of end...

But why must you make me suffer so?
Why must you never let it go?

Do it for me,
Bring yourself to me!

Let me
Love you
As I do.

domingo, 16 de setembro de 2012

Tudo o que tenho não passa daquilo que não quero!
A que venho?
Cansei do bolero
E vou me divertindo na pobreza musical deste tempo corrupto
Quando o sucesso veste o monocromático tédio do terno...

Prazeres terrenos, tudo o que temos são prazeres terrenos...
Ou não sabemos?

Desculpem-me a franqueza, mas esqueci de tomar meu remédio,
E troco por pílulas a lucidez perdida desde sempre;
Estou preso na ilusão de uma vida massacrada por imagens confusas.
Abro os olhos e estou cego; quando os cerro te vejo flutuando na escuridão concisa
De meu cérebro, na consciência rarefeita de insinuações masoquistas e festas...

Conversamos por uma noite inacabada... E a escuridão do dia seguinte é o que me resta de ti...
As luzes da noite, o desespero incerto do por vir....

Sofro não lhe ter dito que ficasses, mas quem era eu para que te pedisse ficar?

Vejo a despedida de teus olhos no meu olhar... Como faço pra te reencontrar, te perdeste na noite!?
Deixei que te fosses...

"Don't go..."

Such a simple compilation of words...
And I wouldn't give you the arm to be twisted,

It was but pride, loneliness, love
What made me choose silence, penniless...

If I see you again, read my mind and stay...
Or don't...
I'll end up following you troughout the night
And perhaps thrive
To not such lonely a day...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ontem, me acorda

O mundo está inteiro fora da ordem
As casas todas perdidas no mórbido flou
Deteriorando-se com o passar dos tempos e das gentes
Erguendo-se ao infinito dos olhos namorando as estrelas

Quem são as pedras caídas no mar?
Quem os amores terei de viver para viver o amor que me espera e não sabe quem sou?
Quantas paixões se perderam no "olá"?

E não sonho mais, apenas durmo a vida...

Depende do sonho e da vida quantas destas valem aqueles
Ou quantos daqueles fazem desta minimamente suportável...?

A todos os perdidos o nada encerrado na mente dedico!
Minto aos escombros do vento a cerrar-me os olhos
E acordo mais perdido nas folhas em que falhas escrevinho...
Sem amores ou gritos pra fora, amando e gritando pra dentro....

Me liberto da dor que me espera sem nada esperar; e nada me vem, subitamente.
E mais certo parece deixar de viver a vida e deixar que ela mesmo me viva,
Como uma pedra a rolar saltitando o destino...

Mas é chão todo o ar sob meus pés;
São pés as ferramentas todas à disposição

E a tua falta me deixa acordado na cama semanas a fio...
Eu já nem sinto o frio...