terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ontem, me acorda

O mundo está inteiro fora da ordem
As casas todas perdidas no mórbido flou
Deteriorando-se com o passar dos tempos e das gentes
Erguendo-se ao infinito dos olhos namorando as estrelas

Quem são as pedras caídas no mar?
Quem os amores terei de viver para viver o amor que me espera e não sabe quem sou?
Quantas paixões se perderam no "olá"?

E não sonho mais, apenas durmo a vida...

Depende do sonho e da vida quantas destas valem aqueles
Ou quantos daqueles fazem desta minimamente suportável...?

A todos os perdidos o nada encerrado na mente dedico!
Minto aos escombros do vento a cerrar-me os olhos
E acordo mais perdido nas folhas em que falhas escrevinho...
Sem amores ou gritos pra fora, amando e gritando pra dentro....

Me liberto da dor que me espera sem nada esperar; e nada me vem, subitamente.
E mais certo parece deixar de viver a vida e deixar que ela mesmo me viva,
Como uma pedra a rolar saltitando o destino...

Mas é chão todo o ar sob meus pés;
São pés as ferramentas todas à disposição

E a tua falta me deixa acordado na cama semanas a fio...
Eu já nem sinto o frio...

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