segunda-feira, 28 de maio de 2012

Quando 1 + 1 é igual a 1

Namorei a primeira vez aos treze de idade!
Namoro infantil, é verdade, mas intenso...
Infelizmente, apenas intenso de minha parte - ou não.
"Ou não" infelizmente!
Estou certo da irreciprocidade...

Como nunca, até então, sofri, como sempre...
Trocávamos cartas e eu,
Amor por simpatia;

Neste negócio de amar, entrei no prejuízo - disso sabia, mas pagava
De bom grado
A pena de ter meu amor, amado!

Sua Tuas Lágrimas

Então estás triste?
Mas se estás triste, por que choras?
Choras por leite derramado sempre que choras triste...
Por incompetência tua é que choras quando choras triste...
Choras por haveres perdido aquilo que não mais existe!

E quanto sal dedicaste a tuas lágrimas?
Quanto suor desperdiçaste aos olhos?
Quanto mais chorares por estares triste, mais triste chorarás!
Choras, amigo, preguiça
Pois pensas para trás!

Datilocracia

Tenho sono

Mas tenho também a preguiça de dormi-lo...
Os dedos são os únicos a ignorá-la
Olhos lerdos, escrevo e me atenho somente ao que já foi escrito;
Leio, enquanto escrevo, a palavra imediatamente anterior àquela que escrevo...

Meus olhos cansados imploram arrego e por fidelidade aos dedos, forço-me a arregalá-los...

Self Portrait à La Carte

Tenho às vezes sensação de viver em outro homem,
Mais um desses, patético

Olho para dentro e me vejo às avessas, avesso a mim mesmo;

Bruce Barrett,
A parrot of infimous previsibility;

Bruce Barrett,
A carrot in tight people's asses...

Mumbling, crumbling,
Fucking my way into greatness...!

Insideout


Either someone took it or I put it in my pocket;
Thoughts are running slowly, leaning towards the fire
While an angelic halo is stuck in my hair and a pair of horns is sticking out of my forehead

In your diabolic ears I’ll gloat desire

Deep into hell or elevated in heaven I’ll sing
Amongst demons, with angels I’ll sing
I’ll sing while they kiss, drink and dine,
I’ll sing to their orgies,
The pleasure is mine;
I’ll cry my sweet lullabies to Satan
The merciful Satan, whipping my back to the bone;

His minions shall spit salty pepper in my wounds,
But I swear I’ll cry even louder, His whips as a metronome

And as they laugh at my pride, I’ll cry those lullabies,
I’ll cry them
All alone…

But until then, fuck it!
I know none of these churches are true;
Until then, I’ll do whatever I
Think is right…

If there is, in the end, a God
In His holy might,
I think He’ll understand,
I think He’ll sympathize…  

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Duas Marias de Três

Começo a escrever às quatro da madrugada...
Daqui a pouco vem o sol me roubar a inspiração;
Daqui a pouco a inspiração me roubará a lucidez;
Daqui a louco são quatrocentos e trinta quilômetros

e cinco horas de puro rock & roll.....

terça-feira, 15 de maio de 2012

Eu Nós Vós Pelos Séculos, Fênix

Quero me esparramar na juventude,
Mergulhar em noites frias como esta!

Enxugar o frio nos copos quentes corpos
Da mendicância sentimental paulistana...

Quero meus iguais comigo em cama larga, nus,
Uma colcha de retalhos viva, todos nus
Soluçando gargalhadas,
Grunhindo ronronares ressonantes
Por impulsos inexoráveis, espontâneos;
Naturais de todo o cio animalesco
Castrado na sociedade alheia
A nosso quarto de paredes quatro e orgasmos infindos...

Roçando membros em outros membros
De quem quer que sejam os membros,
Quaisquer membros de cores quaisquer
Por pelos espessos ou femininos...

A embalar um rock progressivo
Com as pontas dos dedos
No órgão absoluto pele humana,
Sobrehumana como Nietzsche o quiz e fez...

Ah,
À trois, à quatre, à cinq;
À soixante-neuf!

Um Paul Reé aos pés de minha cama;
Lou Salomé tudo a nos separar.

Eu em júbilo,
Eu centopeia,
Utópico,
Típico....

Fálico
A elucubrar mundo à minha frente!
De pernas abertas à minha frente
E tão carente, oh, tão carente....

Às favas com os lençóis
Às favas às quais sou alérgico de nascença...

Cadê vocês, irmãos
A quem pariu a deusa Angústia?
Nossa mãe vos chama ao ninho!
Do topo do vulcão a nosso ninho!

RESPONDAM!!!

Vós,
Que voastes para demasiado longe
E me abandonastes caído aos pés do monte!

Somos os mesmos e nascemos e morremos ressuscitando pelos séculos,
Somos o mesmo século estourando em gritos a verdade crua!
Somos mesmo arquetipificados séculos na solidão da carne!
Somos esmo de probabilidade equivocada perdidos em nós mesmos...
Somos Fênix e invariavelmente voltaremos a sê-lo...
Somos Fênix e
Voltaremos a sê-lo....

Cá embaixo aos pés do monte me parece
O nada cujo esquivo m'aparece aos montes:
Só eu quererei ler poesia baixa em voz alta?
Só eu, escravo do vinho
Escuto música em silêncio?
Só eu elevado,
Só eu sereno?

Só eu quero quebrar tudo à minha volta
E todos a vossa volta a todo momento?

Chega!

Desejo

Ignorar teu oxigênio, ar,
Beber teu gás carbônico, humanidade!!!

Só eu, Fênix...
Eu nós vós, Fênix!

E voltareiemostes a sê-lo.