sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Ode aos Gigantes em Miniatura

Ignorância desta caixa emana;
De canalhas, cuja triste gana
Tudo o que é verdade colhe;
Mentiras sem pudores planta.
-
Sem vergonhas, o covarde sicofanta
Ao lúdico de um público mole,
Que tudo engole quando inflama,
Apela às belas iludidas pela fama.
-
Que o súdito de lama se lambuze.
Dentes tortos, catando o que não pude
Dos restos de intelectos tão podres;
De odores dos mais repugnantes.
-
Paladinos da notícia irrelevante
Por gigantes colocados nestas torres,
Reclusos em seus sonhos de grandeza
Na torpeza destes magos tão pedantes.
-
Levantai-vos, escravos da poltrona!
O mundo não está em vossa casa;
Vosso bairro, longe do horror de Gaza;
Só os bons vos oferecerão carona.

4 comentários:

  1. Fiz esse poeminha para os "gigantes" da tv. Por isso, "em miniatura".

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Não existem palavras mais verdadeiras do que as tuas.
    Tua poesia reflete engajamento e beleza.
    Quisera eu que todos tivessem o teu olhar.
    Consegues reconhecer a quimera que aliena o nosso querido povo tão sofrido.
    São lobos em pele de cordeiro.
    São giganetes que devoram a esperança.
    Levam o bezerro pro abatedouro e ainda abafam o grito dos desesperados.
    Que tua voz seja cantada em todos os cantos.
    Para que haja vida em meio ao limbo.

    ResponderExcluir
  4. Nossa, me sinto profundamente lisonjeado...
    Como é bom ser compreendido!!!

    ResponderExcluir