sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fabuloso Encontro

Correnteza de metal me leve.
Chacoalhe ferindo-me a pele
Ao olho espirográfico do engano
No delírio dos palhaços de pano.
-
Baco resta fraco e envergonhado
De seus filhos a quem pede mil abraços,
Perdidos no solstício do cansaço,
Apoiados nos joelhos do cajado.
-
No deserto de seus passos avistam uma lontra
Banhando-se na lama congelada do lago.
O mamífero lhes fala do cachimbo dando um trago:
-
Ó bípedes desgraçados, ouçam o carrasco que vos monta,
Pois somente aquele que se perde, um dia se encontra!
São doentes que me cedem a poesia; o faz-de-conta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário