segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Teatro do Olimpo

Da rosa sinto a pena dos deuses
Pelo homem inerte e bobo,
Que canta e dança e chora
E que namora senhoras,
Por vezes Rosas,
Por vezes mortas e frias...
-
Se pudesse ser rosa, seria negra.
Se fosse negra, me chamaria Rosa,
Pois a rosa é sempre nova, na moda
Não sofre e, por sorte, não sangra.
-
És a meu ver a rosa de Atenas.
Que meu coração te sirva de palco,
Pois nele jamais sairias de cena;
Nele, que tuas algemas tomaram de assalto...
-
Não se movem nem amam as rosas;
Ou amam, mas amam calhordas!
Botões da natureza que em sua sina
Da eterna beleza fecham a cortina.
-
Pelo destino fui dado a ti, menina,
Que me exibe e me alucina,
Que me chama pra dançar,
Que me beija nas águas do mar;
-
Mar no qual rosas jamais poderiam nadar;
Num mar de rosas, és tu minha coda; meu par.

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