quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Caso Caia, Faz Barulho Um Arco-íris!

Era uma vez um arco-íris.
Sempre admirado; por olhos em deslumbre contemplado.
Reluzia bem definido e as cores, sua essência, emanava aos seus; aos céus...
E quanto mais reluzia, de mais longe se podia vê-lo; e quanto mais visto, representado nas imagens projetadas por consciências cujos olhares semi-indecentes o percebiam, mais vivo era; quanto mais vivo, mais existia!
Assim são todos os arco-íris...
Assim, como seus recheados potes de ouro...
Um deles outro dia apanhei...
Cerrei em minhas mãos aquela pura, úmida beleza!
Apanhei!
E quando espiei, cuidadoso para que não fugisse, por entre polegares, nada havia!
Dissipou-se; se fora meu lindo arco-íris...
Se fora como se foram meu amor; a juventude infantil de meu corpo; como também se fora , sem aviso, Deus, quando o apanhei ainda moleque...
Tudo virou água!
Aprendi que o mundo, meu orgulho, toda a filosofia...
É tudo arco-íris.
Se de uma urna imaginária, que tudo contenha, qualquer coisa apanharmos e dissecarmos e analisarmos e namorarmos...
Para todo o sempre ela estará perdida...
Nada é aquilo que vemos; se não vemos, não há nada; não há mães; não há ódio...
Há apenas o arco-íris...

Nenhum comentário:

Postar um comentário