segunda-feira, 25 de julho de 2011

Maldição das Cores

Ah, a audácia do amor...
Há falácia em se supor
A inocência das acácias!
-
Droga! Me encontrava tão seguro
Preso em mim, atrás de um muro;
De armadura e negra máscara
Que outrora me afastaram do absurdo
-
Deste "amar e então sofrer".
Ah, a audácia das acácias...
Seu perfume, suas pétalas - eretas -
São hemácias do meu ser.
-
Dão-me a vida e se alimentam
Da angústia mais que imposta
À minh'alma, que hoje torta,
Quando acordo me corta (e as acácias)
Quando durmo me atormentam.
-
Malditas acácias!
Era preto no branco, um film-noir...
-
Tantas cores me confundem,
O meu cérebro se funde e sinto
E ouço e vejo meu fim no ar...
Malditas acácias!

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