Não vou lhe agradecer
Ou jamais me desculpar
Pela errônea infinitude de atos
- Que sou -
Deste rol de imperfeições
Comprimidas num' alma...
Descanso no desassossego,
Danço e tropeço no enredo
Sonambólico das comédias
Entediantes das castas...
Sou piruetas sem graças
Num circo aleijado.
Um capacho esquecido;
Um ciso numa boca sem espaço
Que se projeta ao ouvido...
Um pobre diabo
Caído na Terra;
Não consigo sequer abaixar
Pra amarrar os cadarços...
Preciso de água como toda a gente,
Mas se fazes direito, só quero o errado!
Se banhas teu peito, prefiro meu nado!
Se restas parado, és todo o meu pleito!
Se estás cansado,
Ah,
Me deleito com o teu cansaço....
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