Queres mesmo saber quem és?
Pois pergunta à mais sincera testemunha;
Do topo de uma montanha ao vento certo
Encha teus pulmões de ar e grita tua questão à Terra...
Pergunta ao eco!
Caso temas a escalada, todavia,
Procura a cavidade duma gruta
Ou orelhas duma mulher singela
E da eterna escuridão o veredito
Daquela cuja essência seja verdadeiramente oca,
Reverberará vazia tua resposta rouca...
Se temes o veredito, cala teu louco grito,
Tira esta roupa suja, criança, te lava!
Atenta ao teu silêncio; ao mar, ao firmamento;
Ao ronronar de teu vulcão interior pleno de lava,
À cidade e ao relento...
À cidade e ao relento...
As cidades são florestas,
Moradias de Medusa.
Para vencê-las, faça como Édipo!
Vês aquelas agulhas de tricô sobre o travesseiro?
Pois bem, irmão...
Pois bem, amor...
Usa!
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