No primeiro dia, a voz do homem ensinou
As palavras do Deus,
Que julga,
Que salva,
E não perdoa.
No segundo dia, o falo do homem estuprou
A mulher lasciva,
Que seduz,
Que pari,
E não reclama.
No terceiro dia, o olho do homem cobiçou
A terra alheia,
Que produz,
Que alimenta,
E não ressuscita.
No quarto dia, a mão do homem escravizou
O outro homem,
Que trabalha,
Que trabalha,
E não se cansa.
No quinto dia, o braço do homem açoitou
O filho do outro homem,
Que trabalha,
Que trabalha,
E não se cansa.
No sexto dia, o cú do homem expeliu
A merda valiosa,
Que fede,
Que polui,
E não se aproveita.
No sétimo dia, o estômago do homem descansou.
E criou-se a humanidade.
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