Sonhei-te ontem novamente;
Machuca, dizê-lo me dói...
Cerro os olhos e estou contigo!
Minha alma dói,
meu corpo dói,
Agonizo.
Que fazes agora?
Fecho os olhos e posso sentir-te...
Tua pele errante ao vento,
como se me fizesse em ar,
peralta borboleta...
..... a amparar-te;
Te respiro.
Cerro os olhos e te respiro.
No escuro,
me enches de vida...
Somos vida pulsante, eu e tu...
Quero ver-te ao menos uma vez...
Por um segundo no tempo infinito
tocar tua face com leveza,
perder-me em teus cachos...
abaixo do umbigo...
....
No sonho, te abraço para sempre,
teu corpo me completa...
Sou pela metade olhos abertos...
Sonho teu cheiro o mais humano, puro animal;
De natureza, inebriando a própria natureza...
Teu cheiro é a noite da Bahia....
A meia-noite soteropolitana.
És pelante supernova,
embora saibas ser fria...
Num porte seguro, decidida, inocente no olhar...
Teu vívido olhar, melando relva ao fundo branco,
verde e amarelo
num tom brasileiro,
perfeito.
Sonho em saciar em teu suor esta sede beduína;
Que sonhas sta noite?
Vivo em depressão por tua ausência...
Tornei-me poeta por ti,
suicida, um asceta de ti...
Amor, se ao menos teu nome soubesse...
Se ao menos teu nome soubesse...
....
Terei com o destino e
ainda que leve-me o amor à tortura,
torturo o destino por ti...
Pela avenida que tomarás,
pela esquina onde te encontrar...
.......
A vida por ti daria
mesmo sem conhecer-te,
seja quem fores,
doa em quem sentir dores...
Torturo o destino por ti!
Se te conheço
e te chamo por nome, prometo:
me vou contigo.
Se resto vivo,
casca vazia ambulante,
é para que não sofras meu luto,
jamais meu luto...
O faço por ti,
sofro teu luto e o meu por nós dois...
Prendia meu último sopro por ti...
...
Se amares outro......
Com amor assim tão profundo...
Não guardo rancores e sumo no mundo,
mais um vagabundo a fingir,
mais um marinheiro a cantar
sua desgraça à brisa das ondas...
Às magníficas ondas de qualquer lugar.
Incapaz de fugir
lacrimaria revolto às estrelas
na angústia do encéfalo-cárcere,
trancafiado a espiar
pássaros soltos
tranquilos em farto pomar.
Nasci a sonhar-te,
vivendo esperanças,
sempre à procura
incansável sempre
incansável à procura...
Sempre...
.......
Sempre me pergunto:
Onde dormes esta noite?
Não posso jurar
como o fizeram poetas inúmeros,
Que casto te espero,
meu bem...
Mas quanto à alma,
a essência do ser que te fala,
neguei-lhes a todas!
É tua, não minha p'ra dar...
Pensas em mim?
Penso que sim,
pois te sinto a presença;
Estás comigo em Ilhéus,
estás comigo na cama,
estás comigo na praia,
comigo nas outras mulheres,
comigo em botecos paulistas,
no palco,
na sarjeta,
na poesia que leio e escrevo...
Comigo nos comas alcoólicos,
comigo na overdose.
Comigo na morte,
na ressurreição;
Comigo e por isso consigo acordar...
Comigo e tão distante...
Ou perto, talvez;
decerto talvez;
Te entrego meus versos,
me entrego ao destino;
perverso destino...
Amor,
Meu único amor;
Amor que sonhei de menino,
Ainda que leve-me o amor à tortura,
não tema!
Torturo o destino por ti...
Estive aqui,passeando em tuas poesisas, Bruno. Viajando em teus versos, ao sabor das tuas palavras soltas aos ventos acariciantes de Ilhéus. Gostei muito do que li, e aguardarei novas postagens. Abração. Anísio J.S. Cruz
ResponderExcluir...sem palavras
ResponderExcluir.
.
.
.
.
.
.
.
você é Genial.