À fogueira levado taciturno
Do jazigo que havia violado;
O que Nietzsche fechara de bom grado,
Do assassino cruel do bravo Bruno,
Seu orgulho maior que seu instinto
Inspirou-me a desafiar a morte;
À vida agradecer a minha sorte;
A louvar o sabor do vinho tinto.
Este fogo tão perto de meu peito
Me endireita a postura frente ao rosto
Do carrasco cujo laço me é posto;
Da mordaça à qual tenho direito.
E o povo em sorridente expectativa
Sem mente assiste ao circo tenebroso...
Qual seria a semente de seu gozo?
Da alegria em banhar-me de saliva?
brunão, que texto incrível! quanta poesia numa reflexão histórica... gostei! e a minha teoria do paralelo com Rimbaud e Baudelaire continua firme. vai tua vida, pássaro contente!
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