Ignorância desta caixa emana;
De canalhas, cuja triste gana
Tudo o que é verdade colhe;
Mentiras sem pudores planta.
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Sem vergonhas, o covarde sicofanta
Ao lúdico de um público mole,
Que tudo engole quando inflama,
Apela às belas iludidas pela fama.
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Que o súdito de lama se lambuze.
Dentes tortos, catando o que não pude
Dos restos de intelectos tão podres;
De odores dos mais repugnantes.
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Paladinos da notícia irrelevante
Por gigantes colocados nestas torres,
Reclusos em seus sonhos de grandeza
Na torpeza destes magos tão pedantes.
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Levantai-vos, escravos da poltrona!
O mundo não está em vossa casa;
Vosso bairro, longe do horror de Gaza;
Só os bons vos oferecerão carona.